A dissecção aórtica ocorre quando a parede da aorta, principal vaso do corpo, composta por 3 camadas, se divide em duas, com a entrada do sangue fazendo um falso trajeto entre as camadas. Esta dissecção (falso trajeto) pode progredir por toda a extensão da aorta, iniciando-se no tórax e seguindo até as artérias dos membros inferiores, levando ao risco de obstrução do fluxo em vasos importantes (artérias que nutrem o fígado, rins, intestinos, entre outras) e ao risco de rotura da própria aorta, com consequências trágicas (risco de morte).
Entre os principais fatores de risco para essa doença, encontra-se principalmente a hipertensão, a aterosclerose e o hábito de fumar.
Nos casos de dissecção da aorta, o paciente relata uma dor intensa e aguda, que se inicia no tórax e se irradia na direção da coluna, de cima para baixo. Geralmente, o aparecimento dos sintomas está associado a uma crise de hipertensão arterial.
O diagnóstico e tratamento das dissecções requerem o suporte de centros de alta especialização. O tratamento depende do tempo de início da doença, da localização entre o início e o fim do falso trajeto, do diâmetro do vaso acometido e do comprometimento ou não das artérias viscerais (que nutrem os órgãos).
De acordo com as características da dissecção, o Angiologista / Cirurgião Vascular poderá definir o tipo de tratamento – se medicamentoso ou com intervenção, podendo esta última necessitar de cirurgia ou ser realizada por técnica minimamente invasiva com o implante de uma endoprótese através de uma incisão na virilha.